quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

CANCRO DA MAMA - UMA RECORDAÇÃO DE LUTA VENCIDA








Já fez três anos que me foi detectado um cancro de mama. Hoje, encontrei a Lara. Uma jovem divertida e entusiasta que pinta as sobrancelhas por uma questão de estética e com um rigor impressionante. A partir da minha observação de admiração pelo bonito resultado, começámos a falar sobre o assunto. Apesar de já terem passado quase três anos depois da Quimioterapia, eu ainda tenho necessidade de pintar as minhas sobrancelhas já que elas ficaram extremamente rarefeitas. Por curioso que pareça, estas só me caíram depois de terminados todos os tratamentos, quando o cabelo já crescia. Só que, até hoje, pouco despontaram. Vou-as pintando conforme sou capaz.

Palavra puxa palavra e chegámos à conclusão de que a avó da Lara, que também passou por um processo idêntico ao meu, mas só que há cinco anos, também ainda não tem as sobrancelhas reconstituídas. Também ela se vê obrigada a pintar as sobrancelhas. Assim como também ficou com a mama operada mais pequena do que a outra. Mas, para nós, tudo o resto faz parte do passado. Ficando na lembrança a importância que teve o apoio da família e dos amigos durante todas as fases mais difíceis por que se passou.

Hoje, não fora a necessidade de pintar as sobrancelhas, que são essenciais na fisionomia de uma pessoa, e da ida com alguma regularidade para fazer exames de controlo, parece-nos que tudo não passou de um sonho... A avó da Lara, inclusivamente, fez amizade com senhoras que fizeram a Quimioterapia na mesma altura que a dela e ainda mantém contacto com alguma regularidade.

É assim que nos fica o reconhecimento pelo apoio que recebemos e, a certeza sobre a sorte que tivemos, apesar de tudo. Hoje, se se tiver o cuidado de fazer o rastreio necessário, para uma intervenção atempada se necessário, tudo passa e fica a recordação de uma luta vencida.  










quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

CANCRO DA MAMA - O CANCRO DA MAMA TAMBÉM ACONTECE NOS HOMENS





Marco Paulo


PARTILHAR TAMBÉM É PREVENIR


Ainda que o cancro da mama possa ter várias causas nem sempre fáceis de definir, um diagnóstico precoce é fundamental. Mais um caso conhecido, desta vez o de Marco Paulo, um cantor português popular. 

É muito raro os homens desenvolverem cancro da mama (cerca de 1% dos casos). No entanto, a frequência do cancro da mama nos homens, tal como nas mulheres, tem vindo a aumentar e é mais comum a partir dos 60 anos.

Há maiores factores de risco para alguns homens como: a predisposição genética, o consumo de álcool ou de tabaco, a exposição a radiações, a obesidade e a doença hepática crónica, de acordo com o oncologista Daniel Romeira, do Hospital Lusíadas de Lisboa.

Hoje em dia, o diagnóstico precoce nas mulheres tem sido muito mais acessível e aceite graças às campanhas de sensibilização e ao aumento do número de unidades móveis de rastreio. Para os homens, o diagnóstico precoce nem sempre é possível, já que, como é muito raro o homem desenvolver cancro da mama, a demora até ao diagnóstico é maior.

No caso do cantor Marco Paulo, que já tinha tido um cancro do cólon há 20 anos, apareceu-lhe um caroço sob o mamilo direito que ele de início desvalorizou. Mas, numa consulta de rotina, foi feita análise a esse caroço que se veio confirmar estar relacionado com o cancro da mama. Pelo que, Marco Paulo, alerta para que "o cancro da mama não é um problema só para senhoras". 

Depois de detectado um nódulo ou de o médico suspeitar que algo não está bem, são feitos exames tais como os que detectam o cancro da mama nas mulheres: mamografias com imagens de raio-X da mama, ecografia, ressonância magnética ou biópsia. 

Os tratamentos divergem entre si conforme os casos, mas são idênticos aos que são usados nas mulheres. De acordo com o oncologista Daniel Romeira, pode apenas existir alguma alteração no que respeita à terapêutica hormonal antiestrogénica.

Há pois que não esquecer que nos homens também pode acontecer o cancro da mama e, quanto mais cedo for detectado, melhor.



(Texto adaptado a partir de um artigo da MAGG retirado da NET)




sábado, 15 de fevereiro de 2020

CANCRO DA MAMA - PARTILHAR TAMBÉM É PREVENIR







PREVENIR É MELHOR DO QUE TRATAR
E
PARTILHAR TAMBÉM É PREVENIR


Em 2016 detectou-se que alguma coisa não estava bem numa mamografia de rotina. 2017, foi um ano de intervenções várias: Exames e tratamentos, uma Cirurgia, Quimioterapia e Radioterapia, para controlar um cancro da mama triplo negativo. Para além do que cada uma destas intervenções por si implica quer a nível físico quer a nível psicológico, houve uma série de constatações de que fui tomando consciência e que fui relatando numa espécie de diário, no meu Blog "RECOMEÇO". Essa partilha ajudou-me a enfrentar com mais coragem as várias situações por que fui passando. Em 2018, já se fazia apenas o controlo da situação e resolvi compilar os vários textos (e imagens) que fui escrevendo num só Blog destinado a abordar este assunto especificamente. Em 2018, tomo conhecimento de que uma amiga estava a passar também ela por um cancro da mama. A leitura dos meus relactos e o apoio que recebeu da família e dos amigos ajudou-a a ultrapassar melhor tudo aquilo que teve que enfrentar. Foi assim que, reforcei a partilha do que é enfrentar uma situação destas por muito diferente que esta possa ser de pessoa para pessoa, neste "Blog", "CANCRO DA MAMA - PERCURSOS"...






2020, continuo sob vigilância mas dita "normal". As consultas de Oncologia continuam e exames de rastreio também mas com períodos mais alargados. Como qualquer outra mulher necessito fazer o controlo, sobretudo havendo uma predisposição genética e tendo passado por uma situação de cancro da mama.