Fundação Champalimaud - 23/3/2017
Manhã cedo rumámos para a Fundação. Depois da chuva, o Sol irrompia por entre as nuvens numa promessa de que tudo correria bem. Havia que fazer a marcação do gânglio sentinela antes de seguir para o hospital. Dirigimo-nos à Medicina Nuclear. Quatro picadinhas em torno do mamilo para injectar uma substância radioactiva. Enfiaram-me dentro de uma máquina que iria fotografar a mancha deixada pela passagem do produto. E, ao fim de meia hora, lá estava ele... - o gânglio sentinela. Foi marcar a sua projecção cutânea na pele com uma caneta. Tivemos sorte porque a procura foi rápida. Com o resultado na mão, seguimos para o hospital onde a intervenção iria ser feita.
Dada a entrada no hospital, fui para o quarto onde fui preparada para a intervenção. Mudança de roupa para a bata do hospital aberta atrás; meias de compressão; cateter para o soro... Já não trazia nem brincos, nem anéis. Deitei-me confortavelmente na cama com rodinhas. Íamos mudar de piso. Despedi-me dos meus e lá fui, ao longo dos corredores e no elevador, já com o soro na veia. À hora prevista entrei no bloco para a cirurgia. Foi tudo muito rápido. Passaram-me da cama para a mesa de operações; puseram-me uma touca verde a tapar os cabelos; a anestesista avisou-me de que iam fazer a anestesia; senti alguma movimentação no bloco; vi o meu médico que me ia operar sorrir-me e ouvi-o dizer-me que estávamos prontos para começar, que tudo ia correr bem... Fez-se o vazio.
Acordei no recobro com uma enfermeira gentil e sorridente que me dava as boas vindas e me assegurava que tinha corrido tudo bem.
Mais tarde, já no quarto, o cirurgião passou. Tinham retirado tudo o necessário e o gânglio sentinela estava "limpo", o que é uma boa notícia. O resto seguia para análise.
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