"CANCRO DA MAMA - PERCURSOS..." é mais um "Blog" que aborda este tema que aflige, afligiu e poderá vir a afligir tantas mulheres, e até homens por curioso que possa parecer.
Na mulher, tem uma variante mais marcante que é a da maior frequência e do que lhe está associado do ponto de vista da estética aquando do seu combate, como ter que se fazer a remoção da mama nos casos extremos. Para além de que, a Quimioterapia, em grande número de casos, afecta também a sua feminilidade com a queda do cabelo, das pestanas e das sobrancelhas, podendo provocar alteração das feições e até do corpo como o aumento do peso(...)
Cada caso é um caso. Por isso, é essencialmente ao meu percurso, com um tipo de cancro da mama específico (o triplo negativo), a que me refiro neste "Blog". É um registo das diferentes etapas por que fui passando e da forma como foram decorrendo, assim como do muito que fui aprendendo numa situação completamente desconhecida para mim. Embora cada situação possa ser diferente das outras há muito em comum. E é por isso que, ao partilhar-se a nossa experiência, talvez possamos ir ao encontro de muitas outras situações.
Quando recebemos a notícia de uma situação de cancro da mama ficamos desnorteadas. Não sabemos exactamente o que nos espera. Possivelmente ouvimos falar de um ou outro aspecto relacionado com o cancro da mama, mas não sabemos nada de concreto. Foi o que me aconteceu. A minha própria avó morreu de cancro da mama, mas pouco se falava disso. Apenas da necessidade de haver uma maior vigilância da nossa parte, não fosse a genética pregar-nos uma partida. Hoje, felizmente, fala-se de cancro como de outra doença qualquer. E foi também na partilha de experiências vividas por outras mulheres quer pessoalmente, quer através dos meios de comunicação social ou da NET e, sobretudo por essa equipa fantástica que trabalha na Fundação Champalimaud a que tive a sorte de ter acesso, que encontrei alento para ultrapassar mais esta pedra que o destino me pôs no caminho.
Sei que nem todos os locais de tratamento se comparam àquele que encontrei na Fundação, independentemente da dedicação de quem trabalha noutros sítios poder ser a mesma. Fiquei com a certeza de que o bem estar a nível do ambiente que nos rodeia ajuda imenso a manter o ânimo e a força de lutar para vencermos as várias etapas do processo de tratamento o melhor possível. Pena é que isso não aconteça noutros hospitais e centros de tratamento. Mas há que não perder a esperança de que um dia isso venha a acontecer.
Tenho que agradecer sobretudo a quem me deu a mão nestes momentos que não são fáceis mas que são ultrapassáveis sobretudo se nos pudermos apoiar na família, nos amigos e nos profissionais que se dedicam com zelo e carinho a uma causa que é de todos nós. E, acima de tudo, fizermos uma prevenção atempada.
(NOTA: Para ler pela ordem cronológica este "Blog", é começar por este "post" e andar para trás)
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