quinta-feira, 10 de maio de 2018

CANCRO DA MAMA - A QUEDA DO CABELO





Normalmente, na mulher, o cabelo emoldura o rosto, suaviza os traços e é uma marca da sua feminilidade. Há mulheres bonitas que resistem até mesmo à falta de cabelo, mantendo-se bonitas e interessantes. Não será o caso da grande maioria de nós...


Estranha sensação a minha... Já contava que viesse a acontecer, mas não tão cedo... É verdade, fez dia 11 de Maio duas semanas passadas após a 1ª sessão de quimioterapia e, dia 12, começaram a cair alguns cabelos quando passava a mão ou a escova. Dia 13 caíam às mãos cheias. Era inevitável. Nem a utilização do "ice cap" ajudou. Agora, resta a coragem de enfrentar e cortar o cabelo bem rente, se não rapá-lo. Sim, é inevitável... Mas os medos são muitos, apesar de todo o apoio que me tem sido manifestado. É uma mistura de sentimentos difícil de definir...


Está escrito: "Depois das náuseas e vómitos, a queda de cabelo é um dos principais efeitos colaterais da quimioterapia. Isso ocorre porque ela atua tanto nas células cancerígenas quanto nas saudáveis, e atinge principalmente as células que se multiplicam com maior rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pela produção dos cabelos. A quimioterapia é um tratamento sistémico, pois o remédio é injectado na veia e libertado na corrente sanguínea, ou seja, ele percorre o corpo todo, ocasionando a queda de cabelos e pêlos." 


"A queda dos cabelos não é imediata e começa a acontecer nos 14 a 21 dias depois da primeira sessão de quimioterapia. Eles voltam a nascer cerca de 90 dias após o fim do tratamento, em alguns casos, um pouco mais crespos..."


Pois é... para além do tempo dos tratamentos há que acrescentar aproximadamente mais três meses para que o cabelo cresça. Particularmente, hoje, parece-me muito tempo!... Mais uma vez fui surpreendida. Neste momento, se passar uma das mãos pelo cabelo vem uma mecha de cabelos. O cabelo começou a cair de uma forma assustadora. Iniciou-se uma nova etapa de todo este processo, e procuro coragem para enfrentar tantos meses sem cabelo. Está-me a acontecer. Mas ainda não parece real, apesar de toda a preparação prévia. Talvez seja este o efeito mais castigador da quimioterapia, embora não doa, nem se sinta por dentro e apesar de também ele ser temporário... "O que importa realmente é ficar bem. O cabelo é o menos"... Sem dúvida de que é. Mas, (oh, cabelo...), terei que procurar emoldurar o rosto de outra forma, com uma cabeleira ou um turbante, se não o conseguir encarar sozinho. Mais breve do que previa o saberei...





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